25.2.09

(...)

quero sentar embaixo de uma árvore com alguém e jogar conversa fora. quero ficar filosofando sobre um bando de coisas aleatórias num dia bonito de sol. quero andar sem rumo numa noite estrelada cantarolando músicas românticas. quero beber e não ficar de ressaca. quero sumir e não sentir saudades. quero deitar na grama olhando pro céu, esquecendo do tempo, esquecendo pessoas, esquecendo problemas, sendo feliz. quero ir pra longe sem precisar sair daqui. quero me desligar e esquecer da vida num lugar legal, com uma pessoa legal, música legal e um papo legal, sem superficialidades. faz falta alguém que saiba ouvir, conversar e rir da vida. faz falta um bom papo longo sobre uma coisa qualquer.


faz falta ter tempo.

quarta-feira de cinzas, cinza.

23.2.09

.menos carnaval.

segunda-feira de carnaval, sozinha em casa. cigarros e café. me sinto perdida no meio de uma confusão que eu mesma criei. um impulso bobo, sem graves consequências, mas que tremeu a arquibancada da menina aqui que queria só assistir tudo de fora e sem querer entrou, meio que jogada por uma brisa leve e encantadora.
as pessoas realmente são surpreendentes. únicas, ímpares. apaixonantes de acordo com a sensibilidade dos olhos de quem as vê. não precisamos de um contato diário, mas sim o suficiente tempo capaz das mais gostosas sensações. e assim os anos passam, outras pessoas surgem e algumas outras reaparecem mais intensas, mais adultas, mais únicas do que antes. muitas conversas em comum, várias lembranças de um tempo bom que não volta nunca mais. muitas cervejas e segredos madrugada a dentro. muita ressaca e nenhuma vontade de existir um dia depois.

mais encontros. menos pessoas.

um vai e o outro fica.

é sempre assim.
todo carnaval tem seu fim.

-
as palavras brotam.

22.2.09

.liberdade do pensamento.

e daí a gente cresce. cresce, amadurece e envelhece. o que a até um tempo atrás tinha preferência na lista de coisas que quero/preciso, hoje perde lugar para neuras frenéticas e um lado mulherzinha que usa cremes que não massageiam o ego. algumas amigas riem, outras entendem e compartilham suas comédias da vida real entre um gole de cerveja e outro.
-
sempre carreguei comigo que a primeira impressão não é a que fica.
ninguém é normal o tempo inteiro, né? haha

-

acordei sem entender nada. sono, muito sono e uma ressaca sem bebida de um carnaval calmo, sem confetes ou serpentinas. o samba aqui é outro. o trio elétrico morreu na contramão atrapalhando o tráfego.

19.2.09

.pra me queimar em silêncio.

nas minhas curvas e esquinas
vivem desejos que fogem das mãos
fazendo o coração corar de vez em vez

17.2.09

(aparecer offline)

Ando tão ausente de mim, de quem é um pedaço meu. não é que eu não me importe com você, com o que sentes. eu apenas me desliguei por esses dias, como se eu não quisesse existir, sabe? apenas observar e sentir, mas não mencionar. eu quis me esconder em você, como uma criança que fecha os olhos com as duas mãos, gordinhas. eu quis ser o teu refúgio também, mas só consegui ser um porto, de saudade. eu fui pra longe, quase me perdi de mim, fiquei sem ar, suspirei, pisei na grama, tomei banho de chuva, fugi.

mas estou voltando, talvez de onde eu nunca deveria ter saído. não assim, impulsionada por sentimentos confusos e uma cabeça cansada de pensar. arrastada por perfumes, músicas e sensações que me prendiam no lugar onde eu ficaria, até então, pra sempre.


‘...fotografei você e revelou-se a sua grande ingratidão; dei tanto amor e você só me deu saudade...’

16.2.09

segredo é pra quatro paredes

15.2.09

.domingaz.


acordo cedo, escolho músicas, fico sem fazer nada na cama e me arrumo. vejo pessoas, muitas. algumas novas outras não. sorrio, cumprimento, desejo bom dia e cuido do que é meu. sai pra caminhar, mãos nos bolsos e um sol com cores de capim dourado a iluminar. adoro domingos, mesmo os mais deprês onde sozinha é que eu me encontro mais. adoro esse cheiro de domingo, de amizade. o gosto do que ainda está por vir, as lembranças da semana que passou, a agonia de um telefone que não toca. o que vai ser pra hoje? um piquenique com a melhor amiga, um passeio sem rumo e uma máquina fotográfica em punhos ou um domingo à tarde que não vai existir dentro destas quatro paredes?



eu nunca sei, mas vou sendo...



sentindo.


13.2.09

.bom dia, delegado.

estive em curitiba esses dias e, voltando pra foz, me deparo com o sorriso mais lindo de todos me desejando boas vindas. eu não lembro quando foi que me tornei tão apaixonada por ele, assim, de ficar contemplando até sair de mim. não sinto os pés no chão, não ouço nada além do que eu quero ouvir, não sinto fome. não vejo muitas pessoas, só as essenciais.

ele.


depois de uma noite linda regada a abraços, tim maia, cartola, cerveja quente e pessoas ímpares eu só precisava disso, um sorriso que me dissesse tudo, assim, em silêncio. exatamente como alguns sorrisos roubados madrugada a dentro. fui ao boteco mais fofo de lá, me sinto tão em casa, tão querida. sai com meus sobrinhos e é tudo tão lindo sempre. sou tia coruja, daquelas que derramam lágrimas quando um filminho começa a passar na cabeça.

bom dia!

acordei feliz e quero que isso te contagie. :*

11.2.09

.eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.

das coisas que leio por aí e por descuido, esqueço de anotar o nome do autor. palavras que não são minhas, mas que preenchem cada vazio que não consegui transformar em palavra. palavras que não são minhas, mas que se misturam com o que eu sou.

com o que sinto.


'talvez eu esteja enganada sobre algumas coisas. mas às vezes cansa. e eu estou cansada agora. cansada de perder tempo. cansada de não ter o bastante a oferecer. cansada de não ser a melhor. cansada de não ter como te satisfazer. cansada de não conseguir explicar. cansada de não querer explicar. cansada de sofrer sozinha com várias coisas ainda por falar. cansada de me limitar. cansada de tentar te convencer, cansada de esperar e cansada por sentir que talvez nunca vá acontecer. então, quando tu cansar de esconder o que tu és, o que tu sentes e o que tu realmente queres...
...venha aqui.'

8.2.09

.felicidade incômoda.

não, isso não é amor, não é paixão. não são juras de amor eterno, nem promessas de fidelidade exacerbada. não é um pedido de namoro, nem prestações de contas. isso tudo sou eu. carne, ossos e sentimentos. sou sinceridade. não sei guardar a felicidade de hoje para amanhã, nem escolho hora para sorrir ou sonhar. não oculto sentimentos, não tenho medo de dizer o que sinto, como gosto ou se gosto. às vezes, em dias como esses últimos, onde a cabeça confusa não para de pensar e o coração além de triste está inquieto, então, em dias assim eu chego a acreditar que as pessoas, muitas, não sabem o que fazer com o que sentem e, se assustam quando sabem dos sentimentos dos outros. funciona como que se só o que não presta fosse o mais interessante. acho até que o melhor exemplo disso é a desgraça alheia. como se a desgraça do próximo fosse, de longe, satisfatória. 'antes ele do que eu'. é tão raro encontrar alguém que sorri pela felicidade do outro. como se ser feliz não bastasse, não fosse suficiente, não enchesse os olhos da alma. como se ser feliz por você, por ela ou seja lá por quem, não nos trouxesse satisfação alguma e sim um vazio. um vazio chamado inveja.

eu não sei se alguém entende, acho até que me perdi.
mas é que são tantos sentimentos pulando aqui dentro...


...que eu só queria alguém pra dividir comigo.


...
(e eu que ainda tinha tanta coisa pra te falar, guardo tudo aqui, nesse pedaço chamado saudade. saudade dos sentimentos que não foram, dos dias que não passamos juntos, dos sorrisos que não roubamos um do outro)

- logo vai acabar.
- e o que vamos fazer?

- aproveitar.

3.2.09

.amarelo manga.

meu corpo já não bate mais teu vento. (bic)
poucas palavras resumem tudo. tão tudo, tão nada.
a falta da tua cor, não borra meus dias. deixa cinza, talvez.
o teu perfume às vezes me invade. respiro fundo como que na inútil vontade de te ter dentro de mim, mais uma vez.

bebo mais uma. me perco em pensamentos, no entardecer de cada dia. me misturo nas cores, me perco nas horas.

...
você manchou nós dois e desbotou a cor de um só coração

1.2.09

.a gente se fala.

tchau, dias de janeiro.

guardo tudo o que foi bom, sem marcas de batom ou borrões de lágrimas. apenas novas fotografias não registradas, com cores tão antigas e ares tão risonhos.

meus dois braços foram poucos.
os abraços foram muitos.

o sorriso era um só.



e pela metade.
arranquei a folhinha do calendário, novas cores estão chegando.