31.10.07

.queria saber.

quando é hora de parar; o que acontece quando os sentidos se perdem no primeiro sorriso do dia; controlar o que perdeu o controle; que não existe resposta pra tudo e que nem tudo merece uma resposta. queria saber não precisar saber de certas coisas que apagam o sorriso e tornam um dia ensolarado no mais cinzento dos dias.

eu nem queria saber de tanta coisa assim.

só queria saber da parte que me agrada. e ela vai desde a forma como você fala comigo até o modo como você me faz sorrir. desde as nossas vontades em comum até chegar aos segredos que você nunca ousaria contar. queria saber sobre a sua boca também. e se não fosse pedir muito, saber sobre seus olhos. os dois.

mas hoje, o que eu queria mesmo, [além de um chocolate bem suculento e calórico], era saber o que a chuva quis me dizer no começo da tarde, quando resolveu molhar meu braço e espelhar um longo arrepio pelo corpo.

25.10.07

.

quando alguém se deixa cativar corre o risco de chorar um pouco.

22.10.07

.cores nos meu dias.

céu laranja com fundo cor-de-rosa. flores amarelas na grama verde do vizinho. balas coloridas no potinho transparente da cozinha...

cores.
cores perfumadas.
cores com sabores.
cores que dizem tudo.
cores que não dizem nada.

escolha a cor que te convém, meu bem.
e me diz, em segredo, qual será a cor do momento, quando o (nosso) momento chegar.

19.10.07

.vermelho.

tentar me desligar. cortar o fio do 220v e substituir por um sem muita potência, mas fácil de queimar em dias de chuva na vidraça e céu metalizado.



tentar.

18.10.07

.te roubar pra minha história.

ao abrir a porta, um cheiro de nostalgia com perfume doce me fez sorrir. as paredes azuis continuam azuis. um azul meio apagado, mas ainda assim, azul. as fotos já não estão onde há muito tempo estiveram, tudo está vazio. no guarda-roupa algumas poucas mudas de roupas, algumas lembranças e muitas caixas de tamanhos e cores diferentes.

tentei resistir.

no chão gelado me senti como a muito não me sentia, escolhi a caixa mais colorida e aos poucos fui revivendo um passado distante. fotos, muitas fotos de quando eu nem imaginava o que ainda estava por vir. fotos de pessoas e situações que já foram e não voltam mais. bilhetes que outrora eram espalhados pelas paredes do quarto, pelos cadernos ou dentro de envelopes perfumados, todos com adesivos coloridos que tinham a intenção de grudar pra sempre o pra sempre que já passou e que perdeu a cor, como uma foto velha..

uns vão para que outros venham. os que ficam certamente são como pequenos pedacinhos que nos faltavam e que vamos encontrando pelo caminho que a nossa estrada segue.
senti saudade, mas não muita.
fui pro bar e tudo passou.

15.10.07

.um ano.

tempo suficiente para que muita coisa mude. para que aquela volta se complete. para que tudo tome outro rumo, outra direção. tempo para que novas pessoas cruzem a nossa estrada. tempo para novas conquistas, novas desilusões, novas felicidades e tristezas. tempo para rever conceitos, voltar atrás ou esquecer o que passou. tempo para que as quatro estações entrem pela janela aberta ou pela fresta na porta que ainda não foi fechada por completo.

tempo.
tempo.
tempo.

me acompanha sem pressa, sem a agonia de não saber esperar, sem a ansiedade que rouba o sono. eu espero e repito que tudo tem o seu tempo.

tempo.
tempo.
tempo.

tempo para os sorrisos, os abraços, os segredos, o silêncio, os olhares, as pessoas. tempos assim eu guardo como uma fotografia no espaço reservado para as coisas boas, aquelas que me roubam o folêgo quando me fazem feliz.

não lembro quanto tempo faz ou como começou, mas me faz bem o tempo que dura.

7.10.07

.fez-se esse nó.

não lembro quando foi a última vez que desenhei em tons de vermelho. hoje, depois de tudo, o fiz e sorri. um sorriso bobo, meio borrado e salgado de lágrimas. as últimas que ainda insistiam em cair fazendo pequenas poças nas folhas rabiscadas de histórias, trechos de conversas, piras, segredos, vontades, músicas e supostas soluções para problemas que minha cabeça cria, quando está vazia. eu já nem sei mais até que ponto estou sendo cabeça nas nuvens e pés no chão. não sei. não sei se faço a coisa certa quando perco o rumo dos pensamentos, quando me perco em meio a vômitos sentimentais em folhas de papéis espalhadas pelo quarto ou...

quando sou eu mesma quando falo com você.


não sei.
não sei.
não sei.


não encontro as respostas.
não encontro o meu sono.
não me encontro.


mas..


‘eu sei me perdi...’

6.10.07

.eu vou bem. e você?.

quando você faz o bem, quando você se relaciona com as pessoas certas, quando o seu pensamento é positivo, tudo tende a ser melhor. os dias se tornam mais felizes, cheios de cores e sorrisos. os problemas tornam-se planos e os planos tornam-se a realização de ser alguém capaz. capaz de ser melhor, capaz de ver os sonhos se realizarem pouco a pouco, capaz de acordar de bom humor em uma manhã tumultuada de segunda-feira.



alguém capaz de ser feliz para si e para os outros.

3.10.07

.o dia em que o dia termina bem.

29 de novembro - mombojó fnac - curitiba
30 de novembro - mombojó - curitiba


e claro, muitas outras coisinhas boas, que, só quem é especial sabe.

1.10.07

.e agora o amanhã, cadê?.

ouço a mesma musica centenas de vezes. as horas não passam como deveriam passar. mais um final de semana que termina assim, vazio. inútil como os inúmeros controles remotos que estão espalhados pelo chão da sala. intactos e mais uma vez, inúteis. nenhum me levará para onde a minha mente já foi faz tempo. nenhum é capaz de mudar a freqüência das idéias que se perderam assim que eu perdi o controle de tudo.
me perguntam sobre os sorrisos, eu respondo sobre você. sobre as vontades. sobre a distancia. sobre a ausência.


sobre estar só, (eu sei).