4.4.09

.mas hoje eu queria...


qualquer coisa que doa menos do que estar viva sangrando uma fúria que não é minha. queria um buraco bem grande, escuro, fundo e gelado. um lugar bem longe e quieto. um lugar vazio. queria ser menos impulsiva, menos cabeça dura, menos agressiva e menos egoísta. queria pedir menos, ser menos, sentir menos, provocar menos reações. queria não ser, não sentir, não provocar. não estou me conhecendo, algumas atitudes não são minhas. essa não sou eu e isso tem me feito passar por situações que eu não desejo a ninguém. tenho feito papel de idiota, falando e agindo como uma idiota. não sei o que aconteceu comigo que só me dou conta dos tropeços depois que a impulsividade passou, semelhante a uma tempestade. não sei onde perdi o controle de tudo. não sei quando foi que me tornei essa pessoa mesquinha que provoca lágrimas estragando tudo, terminando dias com o final que não era previsto. parece que sou tão boa nisso, mas não sinto prazer. é como se depois da tormenta, a dor que vem junto me amortecesse por dentro e me fizesse sentir e lembrar que aqui bate um coração, assim como aí. e que ninguém é responsável pelas nossas dores, pelas desilusões, pelas conseqüências dos nossos atos impensados. a roda-gigante não pode parar, suas voltas são cheias de surpresas que resumem cada volta, cada dia.

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ser às vezes sangra.
(C.L)

3 comentários:

thays disse...

fases como a lua flor!
=*

Ana Cláudia disse...

todo mundo é bom e todo mundo, também é ruim...
pena q a gente se sente tão mal quando não mostramos o nosso melhor, mas foda-se, não nascemos rindo, curta cada momento por mais dolorido que ele possa parecer, ele tem um sentindo e um porque na sua vida... aprenda e nao se arrependa!
beijao
força!

Bic Muller disse...

estamos nesta roda-gigante
tantos altos e baixos
e bilhetes escritos no café da manhã.

eu sempre te esperarei na janela. não perco a fé, nem o chão, nem amor me falta.