24.12.08

.meu sorriso eu não seguro.


ela pararia o tempo ali, naquela tarde de sol ardido que se exibia entre as cortinas, no vidro da janela. segundo andar. o quarto mais espaçoso. o barulho do ar-condicionado tentava abafar o barulho do gozo, dos segredinhos ao pé do ouvido ou de qualquer coisa que denunciasse todo o prazer espalhado pelo quarto. espalharam-se também as roupas, as mãos e os sentidos.

na cama: o desarrumar da bagunça feita.
na tv: um filme velho qualquer.
no silêncio: pele e arrepios.
no corpo: um coração acelerado.
no calendário: dias que não precisariam ter fim.


tchau dezembro.
vai e traga logo o ano novo, os dias de janeiro, o cheiro de verão, o sabor das férias e toda a saudade, que já cresce aqui dentro, e, que vai se arrastar durante esses dias de sol quente e coração ansioso.



[club 8: love in december]

21.12.08

.coração, sujeito oculto.

último final de semana aqui. aqui onde a temperatura tem cor vermelha e dias coloridos. aqui onde lá eu sinto saudades. aqui onde eu exatamente queria estar.
eu já havia deixado de lado, mas é aqui que as coisas acontecem. sempre inesperadas e únicas. semelhante a algumas pessoas. voltei com outros olhos e a cidade parece outra, mesmo na mesmice. novas pessoas. outros lugares. vários sabores. cores!

e muitos prazeres.

tudo aconteceu tão rápido, assim, como um suspiro. um abraço. não me dei conta da velocidade dos dias, das coisas, pessoas... eu nem queria saber das horas.. fiquei ansiosa; chorei de saudade; gargalhei de nervoso, corri pro abraço; fui amiga do tempo; me apaixonei, briguei, fiz as pazes, solucei de felicidade; viajei em pensamentos; te prendi em minhas pernas; me afoguei em chocolates; retribuí um bom dia; aprendi novas receitas; fiz novos negócios; reclamei menos; bebi mais; pedi desculpas, gaguejei.


amei.

dezembro com cara e gosto de novembro.
doce novembro.

17.12.08

.porta de cinema.

o mais engraçado de tudo (e talvez o ponto mais forte) desse filme todo é saber que depois de todas as indas e vindas, não existe mais nenhuma outra reprise. todas se foram, pra sempre. até mesmo a sessão da tarde. hoje respiro aliviada em saber que pra mim já foi. dei um tempo nos filmes antigos, pois já conheço perfeitamente cada cena, cada fala.
o cheiro de pipoca doce me lembra infância, apenas.

o que houve com todo aquele encanto que durante muito tempo carreguei comigo como uma jóia valiosa? uma resposta tão escrachada na minha cara. você jogou fora. como restos de migalhas. assim como fez com todas as chances que em minha inocente consciência, criei para nós dois. você nunca levou a sério. nunca acreditou em minhas frases decoradas, nos sorrisos sinceros.... nas minhas brincadeiras de te dizer a verdade... nas vezes que fui eu mesma com você.

então, depois de tudo isso. depois de vários meses de silencio nesta sala grande e vazia. de várias palavras cortantes como gilete afiada, onde nós dois saímos machucados, você aparece. assim, como que exigindo o seu lugar no sofá, como se nada tivesse acontecido.

como sempre.
como sempre foi.


mas dessa vez não mais será.
o filme é outro.
a mocinha saiu de férias e você saiu de cena.
o par romântico tem outra história, outra música.

aqui a tua bilheteria não faz mais sucesso.

14.12.08

.menino bonito.

como já disse Clarice, algo como: `as palavras vem de lugares desconhecidos de mim...`. acho que dá pra entender um pouco do que se passa por aqui, ao mesmo tempo em que não tenho tempo. a bagunça já está feita e tenho me perdido facilmente entre confetes e serpentinas, abraços e sorrisos e na calmaria do amanhecer do sol. é. você realmente mexe comigo em qualquer hora do dia, principalmente nos dias sem noites dormidas. parece que aprendi a escrever quando estou feliz, mesmo carregando em minha cara um sorriso bem grande que revela alguns segredos.


os melhores talvez.

escondo os calendários pra não saber que dia é. conto segundos. perco a hora. sorrio para o celular e fico ansiosa quando estou longe. ouço a mesma música e leio a mesma mensagem mais de mil vezes. guardo as melhores partes pra mim, os melhores olhares e cada gesto em sua perfeita harmonia.

sou eu mesma. sem frases feitas ou photoshop. os melhores momentos máquina fotográfica jamais conseguiria registrar.

já ouviu falar nos olhos do coração?

o flash deve ser esse brilho todo...

12.12.08

.cabeça pra cima ou de cabeça pra baixo?.

quatro e vinte da tarde, uma sexta-feira de um doce dezembro. o sol ardido era embalado pela orquestra imperial. escolha dele. às vezes quietos, como se já soubéssemos o que todo aquele silêncio queria dizer. às vezes falantes, dividindo segredos e gargalhadas num mundo particular recém descoberto. é a velha história das borboletas, dos olhos que brilham, da pele que está bonita, dos pés nas nuvens...


...do sorriso bobo.
a felicidade nas pequenas coisas é a melhor parte de se estar viva. pisar na grama em um dia de sol. andar por outras ruas com novas pessoas. cheiro de chuva e café com leite. retribuir sorrisos e abraços. sentir saudades e fazer o que se tem vontade...

cerveja gelada, uma música que nos faz feliz e alguém pra jogar conversa fora.

tenho que fazer uma lista.

era só pra dizer que a felicidade continua por aqui, sem previsões de chuvas ou trovoadas.

10.12.08

diz:
sou afim de te ver!




;)

9.12.08

.e agora o amanhã, cadê?.

mal se passaram vinte e quatro horas e a vontade que eu sinto de você é tão intensa, que foge de meu alcance tentar segura-la. como se o esforço de minhas mãos fosse em vão e o meu desejo fosse mais forte do que qualquer bebida alcoólica que me acompanhou durante toda a noite, na tua ausência. me explica o que é tudo isso. me explica o teu perfume, o gosto da tua boca e o claro desses olhos que eu me perdi.



não quero saber do amanhã.
meu sorriso de felicidade é hoje.

8.12.08

.podia ter sido um domingo qualquer.

..não foi.


segunda-feira com cheiro e gosto de felicidade clandestina. a cor do dia estava propícia, assim com cada detalhe na mais perfeita ordem, para uma segunda-feira com cara de sábado. a bagunça sempre é bem vinda acompanhada de um sorriso escondido, de um olhar disfarçado.



cores que eu não sei o nome.

7.12.08

próximo!